Porto alarga beneficiários da abertura das cantinas
Os sinais vieram das próprias escolas, que foram dando conta de um aumento das necessidades. Do facto de muitas crianças só terem uma refeição condigna por dia: a que faziam na escola. Mesmo em famílias cuja alimentação escolar das crianças não é subsidiada a 100%.
Perante a constatação, e sem nenhum estudo científico que contabilizasse as necessidades, a Câmara Municipal do Porto escreveu aos encarregados de educação a pedir inscrições, não apenas dos alunos das escolas, como dos irmãos entre os três e dez anos que não frequentem as escolas em causa. Amanhã deverá ter contas feitas, das crianças que beneficiarão da medida e das cantinas que estarão abertas.
"No âmbito da promoção da coesão social, a câmara entendeu ser pertinente permitir que as crianças, não apenas mais carenciadas, mas em particular estas, pudessem ter acesso a refeições durante as férias", justifica a vereadora da Educação, Guilhermina Rego. E não por almoçar na escola ser mais barato do que em casa, mas porque é ali, diz, que se tem a "certeza" de que terão ali "a única refeição condigna do dia".
Cerca de 4500 dos perto de dez mil alunos do pré-escolar e 1º Ciclo que almoçam na escola não pagam por isso; outros dois mil desembolsam metade do valor da refeição, que está nos 1,34 euros há seis anos. Fora da época de aulas, garante o vereador, 30% continuam a ir à escola para a refeição. A medida existe e, admite, "é agora mais pertinente" do que nunca.
Voltando a atravessar o Douro, a Maia oferece o mesmo panorama. Já subsidia refeições nas escolas do pré-escolar desde há dez anos, no âmbito da Componente de Apoio à Família. Desde Setembro, alargou-a ao primeiro ciclo e apelidou-a de Serviço de Apoio à Família. Fonte da autarquia adiantou ao JN estarem em avaliação as necessidades de apoio a casos mais graves. Mas o que já existe é "adaptado" aos rendimentos familiares.
Fonte JN
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