segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Paulo Rangel defende «corte radical na despesa» para «credibilidade externa» do país

«O Governo tem de apresentar um orçamento em que corte radicalmente na despesa. Isso é absolutamente essencial para que o país ganhe alguma credibilidade externa», afirmou Rangel, à margem de um encontro em Matosinhos para denunciar problemas ambientais no Porto de Leixões.

Para Rangel, a situação do país é «muito difícil» pelo que «é preciso um grande sentido de responsabilidade que tem de começar no Governo».

«O governo, que continua com TGV’s e terceiras travessias, continua a não dar qualquer sinal de responsabilidade. Pelo contrário, parece estar a querer governar para captar votos numa altura em que deveria estar a governar para resolver problemas gravíssimos no País que vão ter consequências sociais muito sérias no curto-médio prazo», salientou.

Rangel criticou ainda o Governo pela forma como lidou com a introdução de portagens nas SCUT, considerando que foi «a maior trapalhada que alguma vez foi criada» e que o esquema de benesses na compra do chip «vai levar às maiores injustiças».

«Este tipo de situação é inaceitável e revela a total incompetência do Governo para resolver um problema que foram os socialistas - e num governo em que estava José Sócrates - que criaram que foi a ideia de que se podiam construir autoestradas sem que os utilizadores tivessem que paga», sublinhou.

As últimas propostas do PSD – defesa universal de introdução de portagens nas SCUT e revisão constitucional – causaram algum desconforto mas o eurodeputado não acredita terem tido qualquer influência nos resultados de recentes sondagens que mostram a queda dos sociais-democratas.

«Acho que o país se encontra numa situação de impasse e estas sondagens, com a relatividade que têm todas as sondagens, espelham a ideia de impasse», defendeu.

Frisando não dar «um valor excessivo» às sondagens, explicou que as mesmas «têm esse sentido simbólico de retratarem o impasse em que se encontra o país e a necessidade que temos neste momento de dar um sinal muito forte, principalmente exterior, por causa da situação financeira, de que estamos dispostos a resolver os problemas que este governo criou e pelos quais é responsável».

Sol/Lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário