quinta-feira, 20 de maio de 2010

Espanha suspende linha de TGV e agora SR. Primeiro Ministro??!!

O ministro da Obras Públicas alertou ontem, quarta-feira, para o risco de Portugal perder fundos comunitários e ter de pagar indemnizações a Espanha, caso o troço TGV entre Poceirão e Caia fosse suspenso. No mesmo dia, os espanhóis decidiram adiar todas as obras ferroviárias em, pelo menos, um ano.


Ontem, António Mendonça insistiu em concluir toda a linha de alta velocidade Lisboa-Madrid em 2013, mas no quadro das medidas de contenção orçamental os espanhóis decidiram adiar todas as obras ferroviárias , à excepção da ligação do AVE a Valencia.
Com esta decisão, a intenção do Executivo português de prosseguir de imediato com a ligação Poceirão--Caia, que inclui a terceira travessia do Tejo, encontra menos argumentos a seu favor. Já em Novembro de 2009, o ministro do Fomento espanhol tinha afirmado que até Março de 2012 o itinerário Badajoz/Madrid estaria em construção, um adiamento de dois anos que já entrava em conflito com os projectos portugueses.

Durante uma audição em comissão parlamentar, António Mendonça alertou para o risco de Portugal perder fundos comunitários já atribuídos e ter de pagar indemnizações a Espanha, caso a construção do TGV entre Poceirão e Caia não aconteça nos prazos definidos. O aviso foi dado ontem numa comissão parlamentar, onde o maior grupo da Oposição anunciou a entrega de um projecto de resolução que recomenda a suspensão da construção das linhas de alta velocidade ferroviária por, pelo menos, três anos.

Após o anúncio, o deputado "laranja", Jorge Costa, questionou o ministro sobre a forma como o comboio de alta velocidade vai entrar em Lisboa, devido à anulação do concurso para o segundo troço da linha Lisboa-Madrid, referente a ligação entre Lisboa e o Poceirão, que integra a terceira travessia do Tejo. O ministro respondeu que a hipótese da linha de alta velocidade entre Lisboa e Madrid parar no Poceirão "não se coloca" e garantiu: "é óbvio que a ligação entre Lisboa e o Poceirão terá de ser feita".

Fonte Jornal de Noticias

O incrível aconteceu Espanha deixou-nos a dançar sem par ao suspenderem a construção da linha de TGV até a nossa fronteira, assim só nos restam duas hipóteses, continuamos a dançar sozinhos e o nosso TGV termina no Poceirão, indo depois os utentes a pé, de bicicleta, carro ou camioneta para Madrid.
Ou como alternativa, pois certas musicas sem par não se dançam suspende-se esta despesa megalómana e não totalmente necessária devido ao contexto económico e social do pais.

É preferível investir na criação de emprego do que em obras faraónicas, pois do tempo da monarquia e descobrimentos só nos restaram os palácios e as finanças publicas destroçadas.

Cumprimentos,
Bruno Pereira

2 comentários:

  1. Já não há paciência para este assunto do TGV.
    O Governo, e o Eng. Sócrates em particular, devem repensar agora muito seriamente, não só a coerência e racionalidade do seu programa de desenvolvimento para o País, mas também a sua legitimidade democrática enquanto decisores num país que, embora os tenha elegido de livre e reflectida vontade, é incisivo e persistente nas críticas que faz à prossecução deste e outros projectos de enorme impacto na economia.

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  2. Grandes obras como esta do TGV são o exemplo do completo desnorte do governo socialista actualmente e do desvio de dinheiros públicos que apenas trazem um agravamento do défice,que persiste em avançar com um projecto que deveria ser adiado,tendo em conta o equilíbrio das contas públicas nos próximos anos.Que legitimidade e credibilidade terá um governo, que após a aprovação de um projecto megalómano, com a desculpa sem sentido de que anular a sua contratualização traria mais despesas,vem faltar á verdade aos portugueses dias depois com um aumento de impostos,que penaliza fortemente,mais uma vez,a classe média,que já está completamente estrangulada e sem grandes margens de manobra?
    São,de facto,medidas que minam a sutentabilidade e desenvolvimento do país, que deveria apostar mais no tecido empresarial interno, exemplo de empresas nortenhas que passam por inúmeras dificuldades,sem o apoio do Estado nesta matéria.A região norte atingiu, no fecho de 2009,um máximo histórico de níveis de desemprego,ao atingir uma taxa situada perto dos 11%, que demonstra a crise a nível nacional.
    Sinais de que o futuro estará hipotecado e sem vislumbre de uma saída a curto prazo.

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