O cabeça de lista do PSD/Porto Aguiar Branco responsabilizou hoje o primeiro-ministro pelo estado “de bancarrota” do país, afirmando mesmo que cada vez que Sócrates procura ajudar Portugal “o país ilude-se e afunda-se”.
“Infelizmente Portugal tem hoje um primeiro-ministro que já não pode ajudar em coisa alguma. Todos nós já vimos o que acontece cada vez que José Sócrates ajuda. Cada vez que José Sócrates participa o país ilude-se e afunda-se”, salientou esta noite em Gaia José Pedro Aguiar Branco, durante o discurso de apresentação da lista de candidatos do Porto do PSD às eleições de 05 de junho.
Lembrando os apelos a um consenso entre partidos, o social-democrata criticou “a histeria dos socialistas que o invocam e a hipocrisia com que José Sócrates o entoa”, considerando que esta é uma forma de “condicionar a livre expressão dos portugueses e desresponsabilizar o governo pelo estado em que o país se encontra”.
Falando de um hipotético cenário de consenso, em que seria necessário “incluir José Sócrates no próximo governo”, Aguiar Branco tentou “encontrar uma tarefa” em que o atual primeiro-ministro pudesse “ser útil”.
Um exercício que se revelou “muito complicado”, a não ser que se admitisse a criação de “um ministro sem pasta” que “seria a melhor opção e provavelmente o único ministério onde José Sócrates não prejudicaria alguém”.
“É complicado encontrar alguma pasta onde o primeiro-ministro possa ser útil ao país. Eu quis demonstrar que há responsabilidade pelo estado de bancarrota a que Portugal chegou por parte do primeiro-ministro e eu quero acreditar que os portugueses vão saber fazer essa responsabilização do primeiro-ministro já que ele próprio não faz”, reiterou à saída.
Nesse sentido, torna-se para o cabeça de lista do Porto “importante que os portugueses tenham consciência é de que o estado de bancarrota a que o país chegou é da responsabilidade primeira do primeiro-ministro e não de qualquer outra coisa”, pelo que diz estar “convencido de que os portugueses não se vão deixar enganar pela habilidade matreira de Sócrates”.
“Sócrates tenta mostrar que a responsabilidade do que aconteceu até hoje não lhe cabe e que é uma responsabilidade da rejeição do PEC ou da senhora Merkel ou dos mercados internacionais ou das agências de rating. A verdade é que a primeira responsabilidade é dele, é das políticas erradas seguidas pelo PS”, realçou.
Gaia, Portugal 03/05/2011 (LUSA)
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