segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Verbas do PIDDAC causam revolta nos autarcas do distrito do Porto menos a Guilherme Pinto

Os autarcas dos concelhos do Grande Porto que não tiveram qualquer verba inscrita no PIDDAC dizem-se revoltados, sobretudo com a ausência de dinheiro para a linha da Trofa. Isto quando, apontam também os dirigentes partidários, o Governo mantém o TGV.

Tirando alguns apoios para obras em escolas, este será o "quinto ou sexto ano consecutivo" que a Póvoa de Varzim não tem qualquer verba no plano de investimentos do Estado Central.

O autarca Macedo Vieira (PSD) está "completamente desiludido".
"Nos últimos anos, o nosso PIDDAC tem sido sempre zero. Já estou habituado. Mas isso não quer dizer que não esteja completamente desiludido", sublinha Macedo Vieira, considerando que, "nos últimos quatro anos, o que José Sócrates tem feito ao país é absolutamente criminoso".

No ano passado, a Póvoa do Varzim recebeu a companhia de Penafiel no patamar dos concelhos do Grande Porto que não constavam do PIDDAC. Este ano, tem ao seu lado Valongo, Maia e Trofa. Estes dois últimos municípios ligados por um projecto em comum: o prolongamento da Linha Verde do metro, que não recebe qualquer apoio do Estado.

A presidente da Câmara da Trofa, Joana Lima, está "surpreendida". Bragança Fernandes diz-se revoltado. "É uma vergonha. Foi aberto o concurso público, tiraram os carris, as pessoas deixaram de ter comboio e agora não há metro", aponta o autarca da Maia, acusando o Governo de violar o protocolo assinado com a Junta Metropolitana, que indicava tratar-se de um projecto prioritário.

em Matosinhos, o autarca socialista Guilherme Pinto não ficou desiludido com a exclusão do PIDDAC do alargamento da A28 e do Portinho de Angeiras.
"Podem ser financiadas fora do PIDDAC. Vamos aguardar que se concretizem", diz o presidente da Câmara de Matosinhos, acrescentando que já "esperava" um PIDDAC que "reflecte as dificuldades do país" e "não prejudica" o Porto em relação a Lisboa.

Adriano Rafael, vice-presidente do PSD/Porto concorda: "O Orçamento continua a contemplar mega-investimentos em Lisboa como o TGV, que vai custar quatro mil milhões de euros", aponta, considerando, assim, que "o Porto é prejudicado na globalidade".


Fonte: Jornal de Noticias

Mais uma vez, Matosinhos perde investimento e o nosso Presidente de Câmara rebaixa-se a interesses partidários e ao poder central de Lisboa.

È incompreensivel que um Presidente de Câmara não defenda os interesses do seu Concelho, tal como outros fizeram no caso da Maia, Póvoa de Varzim e Trofa.

Bruno Pereira

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