O líder da concelhia do PSD/Matosinhos, Pedro da Vinha Costa, é candidato à presidência da Câmara local, disse hoje o próprio, que definiu como objetivo destronar o PS, há 36 anos a liderar a autarquia.
O nome de Pedro da Vinha Costa foi aprovado por voto secreto, na última reunião da Comissão Política Alargada da Distrital do PSD/Porto, por proposta da concelhia de Matosinhos, naquela que foi a primeira decisão da estrutura partidária regional quanto a candidatos autárquicos.
"O objetivo é ter mais um voto do que o adversário", disse à Lusa o candidato social-democrata, sublinhando que essa meta será "facilitada" porque o PS, no poder, está "cansado e desgastado".
"Esgotou-se um ciclo de 36 anos de um poder socialista que, ao longo deste tempo, tem usado Matosinhos para ringue de boxe, onde se digladiam interesses os mais mesquinhos", afirmou.
Advogado, com 51 anos de idade, o candidato agora anunciado foi membro da Comissão Política Nacional do PSD, chefe de gabinete de Marques Mendes e deputado, tendo também experiência autárquica como presidente da Junta de Freguesia de Massarelos, Porto, e membros das assembleias municipal e metropolitana do Porto.
Questionado sobre a influência eventualmente negativa que a atual governação poderá ter nos resultados eleitorais do PSD de Matosinhos, o candidato disse não a poder antever.
Sublinhou, no entanto, que, "embora haja erros do atual governo, os matosinhenses sabem que a situação que vivemos se deve à governação do PS e particularmente do executivo de José Sócrates".
Independentemente disso, o candidato acredita que "os matosinhenses saberão constatar que têm agora uma oportunidade única para inverter o rumo de um concelho que perdeu vitalidade, competitividade face aos municípios vizinhos e reduziu a sua influência na Área Metropolitana do Porto".
Pedro Vinha da Costa reiterou, entretanto, que "está fora de questão" uma nova coligação com o CDS-PP.
Numa conferência de imprensa em julho, o PSD disse que não renovaria o acordo pré-eleitoral anterior face à diferença de postura que os dois partidos têm revelado, no atual mandato, em relação ao executivo liderado pelo socialista Guilherme Pinto. Explicou que só o seu partido reagiu politicamente quando, após as autárquicas de 2009, os dois eleitos da coligação PSD/CDS aceitaram lugares oferecidos pelo PS.
"O PSD retirou a confiança política a Guilherme Aguiar", vereador que aceitou um pelouro no executivo socialista, e o CDS "ficou mudo e quedo" após o seu eleito Paulo Coutinho aceitar um lugar na administração da empresa municipal Matosinhos Habita, assinalou.
Questionado agora sobre as garantias que podia dar ao eleitorado social-democrata que nenhum eleito do partido agirá como Guilherme Aguar, o candidato disse que esse cenário está afastado.
Segundo Pedro da Vinha Costa, todos os candidatos estão comprometidos a "não tomar qualquer tipo de decisão, em matéria de acordos, antes, durante e após as eleições, que não sejam celebrados pela própria direção".
Ou seja, "assumem um compromisso de honra de respeito pela disciplina partidária quanto a honrar os compromissos com os eleitos".
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