domingo, 27 de fevereiro de 2011
Comunicado aos militantes do PSD Matosinhos
A Comissão Política Concelhia do PSD de Matosinhos colocou 3 questões ao Conselho de Jurisdição Distrital do Porto do PSD:
1º a Comissão Política tem ou não tem competência para retirar a confiança política ao Vereador José Guilherme Aguiar por este, uma vez eleito com os votos do PSD, ter aceite juntar o seu voto aos do PS na Câmara Municipal, dando assim maioria absoluta ao PS na Câmara de Matosinhos?
O Conselho de Jurisdição Distrital do PSD do Porto respondeu que sim: A Comissão Política de Secção é o órgão competente para retirar, como retirou, a confiança política ao Vereador josé Guilherme Aguiar.
2º Retirada a confiança política ao Vereador José Guilherme Aguiar ele continua ou não a representar, a comprometer e a falar pelo PSD ou não?
O Conselho de Jurisdição Distrital do PSD do Porto respondeu que, uma vez retirada a confiança política ao Vereador José Guilherme Aguiar este passa a uma situação de Vereador Independente e nada do que ele diga ou faça nessa qualidade compromete ou vincula o PSD
3º Há ou não motivo para procedimento disciplinar contra o Vereador José Guilherme Aguiar?
O Conselho de Jurisdição Distrital do PSD do Porto respondeu que para já não há.
Perante esta decisão do Conselho de Jurisdição Distrital do PSD do POrto, que dá total razão, nas questões políticas, à Comissão Política do PSD de Matosinhos, apenas considerando que ainda não há motivo para procedimento disciplinar, a Comissão Política do PSD de Matosinhos decidiu demitir-se e apresentar desde já a sua candidatura a novo mandato, permitindo, assim, que os Militantes decidam se, depois o Conselho de Jurisdição nos ter razão do ponto de vista jurídico, também os Militantes nos dão razão do ponto de vista político.
Não pode haver dois PSDs em Matosinhos, de um lado a Comissão Política elerita pelos Militantes, democrática e legitamente eleita, e do outro lado, uum Vereador indeperndente, ao serviço do PS, acolitado por meia dúzia, sempre a dizer, umas vezes dando a cara outras através de maisl anónimos, que a Comissão Política do PSD de Matosinhos não representa a vontade da maioria dos Militantes. Pois bem, vamos lá a ver se reptresenta ou não. Aqueles que se desdobram em mails e jantaradas que se submetam à vontade dos Militantes, venham a votos e quem ganhar, porque terá o apoio da maioria dos Militantes dirigirá os destinos do PSD de Matosinhos, enquanto quem perder terá, de uma vez por todas, de respeitar a vontade da maioria.
Os Militantes poderão assim escolher entre uma de duas estratégias:
SER OPOSIÇÃO AO PS NA CÂMARA DE MATOSINHOS E ALTERNATIVA DAQUI A 3 ANOS, COMO NÓS DEFENDEMOS E QUEREMOS, OU ANDAR DE MÃO ESTENDIDA A PEDIR AO PS UMAS MIGALHAS DE PODER COMO ALGUNS DEMONSTRAM QUERER.
Conto consigo e, como até aqui, com o seu apoio e a sua ajuda.
Receba os meus cumprimentos, com estima, consideração e amizade.
Saudações Sociais Democratas.
Pedro da Vinha Costa
Carta de Demissão da CP do PSD de Matosinhos
Dr. António Alexandre Salazar
Digníssimo Presidente da Mesa da
Assembleia de Militantes da Secção do
PSD de Matosinhos
Por deliberação tomada em 8 de Fevereiro, o Conselho de Jurisdição Distrital do PSD do Porto declara, sem meias palavras, e referindo-se à retirada da confiança política ao Vereador José Guilherme Aguiar “ esta deliberação tem natureza política , e foi emanada pelo órgão competente. Tal deliberação determina que o Militante Aguiar deixa, no âmbito do exercício das suas funções de vereador com pelouro, de representar o Partido Social Democrata.”
E mais adiante, diz o CJD “ Ao retirar-lhe a confiança política o militante Aguiar passou à situação de vereador independente e deixou de representar politicamente o PSD junto de executivo camarário por iniciativa dos órgãos locais do Partido. A partir desse momento, o que ele diz e faz como vereador não vincula nem compromete o partido “.
Esta deliberação dá, pois, total razão ao que a Comissão Política do PSD de Matosinhos vem defendendo e que, aliás, foi unanimemente sufragado pelos Militantes em Assembleia de Secção.
Todavia, temos assistido nos últimos meses, talvez por temerem e anteciparem o conteúdo da deliberação do CJD, a uma campanha difamatória, construída por mentiras, calúnias e insultos, utilizando a
boa-fé de alguns militantes do PSD e a submissão a interesses financeiros e promessas de emprego e de avenças (que a vida vai difícil para muitos), contra a Comissão Política do PSD de Matosinhos e os seus membros.
São mails anónimos, outros nem tanto, chorrilhos de insultos nas redes sociais, palhaçadas à porta da sede, um conjunto de acções orquestradas por alguém que cobardemente tem medo de dar a cara, com um único objectivo: criar a ideia de que as posições defendidas e as propostas apresentadas pela Comissão Política do PSD de Matosinhos não são apoiadas e muito menos sufragadas pelos militantes.
Pois bem, depois de o CJD ter reconhecido a razão da Comissão Política do PSD de Matosinhos, sob o ponto de vista jurídico, chegou o momento de perguntar aos Militantes se, também eles, continuam a reconhecer a razão, agora do ponto de vista político às posições da Comissão Política. Desta forma se saberá, isto é, saberão não só os militantes do PSD mas também todos os Matosinhenses em geral, se a Comissão Política do PSD de Matosinhos tem ou não o apoio da maioria dos Militantes do PSD.
Porque na realidade, importa que os Militantes sejam chamados a pronunciar-se, e a optar, sobre um dos dois caminhos que hoje se apresentam ao PSD de Matosinhos: construir e alicerçar uma oposição forte ao PS que permita que o PSD chegue às próximas eleições em condições de demonstrar aos Matosinhenses que vale a pena votar no PSD ou, pelo contrário, aceitar de mão estendida as migalhas que o PS queira dar ao PSD, na medida e enquanto precisar de nós.
Para a Comissão Política do PSD de Matosinhos como, estamos certos, para a maioria dos Militantes, não há qualquer dúvida ou hesitação: a nossa opção é o caminho de uma verdadeira e séria oposição ao PS, construindo uma alternativa sólida e credível. Não aceitamos migalhas, porque o nosso objectivo é servir e defender os interesses de Matosinhos e dos Matosinhenses.
Queremos, pois, que seja dada a palavra aos Militantes.
Assim, apresentamos a V. Ex.ª o pedido de demissão colectivo da Comissão Política Concelhia do PSD de Matosinhos, solicitando a marcação de eleições para a data mais breve possível.
Matosinhos, 23 de Fevereiro de 2011
Com os melhores cumprimentos,
A Comissão Política do PSD de Matosinhos
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Jantar de tomada de Posse do Núcleo do PSD Lavra
Contamos com a vossa presença!
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Fim da Linha de Leixões
A partir do dia 1 deste mês, a CP deixou de transportar passageiros na Linha de Leixões. Segundo comunicado oficial “A razão prende-se com o facto de não estarem reunidas as condições para a continuidade da exploração do serviço.”
Esta linha ferroviária, que desde 1966 passou a ser exclusivamente utilizada para transporte de mercadorias, viu os seus serviços de transportes de passageiros serem parcialmente retomados em Setembro de 2009. Inicialmente serviria apenas quatro estações: Ermesinde, São Gemil, São Mamede Infesta e Leça do Balio, sendo anunciada a abertura de mais dois apeadeiros, na Arroteia/ Efacec e no Hospital de S. João, até Junho de 2010 e até ao final desse mesmo ano entraria em funcionamento a totalidade da linha (com cerca de 19 Km) com a abertura da nova Estação Intermodal de Leixões. Efectivamente, os prometidos apeadeiros e a Estação Intermodal de Leixões não se concretizaram nos prazos assumidos, o que precipitou o encerramento da linha.
A inauguração da linha, pouco tempo antes das eleições legislativas, ainda que incompleta foi justificada com a urgência de se iniciar a tempo do inicio do ano lectivo 2009/2010, assegurando assim a ligação de Leça do Balio a Ermesinde em cerca de 16 minutos.
O anúncio oficial do retomar dos serviços de transportes de passageiros na Linha de Leixões foi feito a 22 de Maio de 2009, numa cerimónia realizada no Salão Nobre da Junta de Freguesia de S. Mamede de Infesta, e que contou com a presença da Secretária de Estado dos Transportes, Dra. Ana Paula Vitorino, e do Presidente da Câmara de Matosinhos, Dr. Guilherme Pinto.
Em comunicado, a Secretária de Estado Dra. Ana Paula Vitorino afirmou que "Até final de 2011 o plano total de remodelação da linha tem de estar a funcionar" e que apesar de o projecto só ficar concluído em 2011, foi decidido "avançar de imediato" com o processo de construção da nova estação do Hospital de S. João (apostando na intermodalidade com o Metro do Porto e a STCP) e a remodelação do apeadeiro da Arroteia, para servir a população ali residente e os trabalhadores da Efacec. "Depois, até final de 2011, a linha irá ao Senhor de Matosinhos, com a construção da Estação Intermodal de Leixões", acrescentou, salientando já ter dado "instruções e cobertura legal à Refer para prosseguir com todos os trabalhos necessários" nesse sentido.
"Quando a linha estiver concluída vai ter um grande impacto na capacidade da região para se promover do ponto de vista turístico, porque atravessa zonas muito interessantes do ponto de vista paisagístico". Para Ana Paula Vitorino, os 500.000 euros até agora investidos na Linha de Leixões são um valor "completamente marginal face aos benefícios que dele advêm". "O que está em causa no sistema de transportes, particularmente no ferroviário, não é apenas uma análise financeira, porque esta não tem em conta a equidade no acesso ao território, que é uma questão de democracia e liberdade", sustentou.
A Linha de Leixões é vista como essencial para aumentar a mobilidade na Área Metropolitana do Porto, podendo funcionar como o anel estruturante em complementaridade com o Metro do Porto, fazendo a ligação entre o Hospital de São João (linha amarela do Metro) e zonas com grande densidade populacional, como Matosinhos e São Mamede Infesta e as zonas industriais da Efacec e da Unicer.
No entanto, esta reactivação precipitada, com fins exclusivamente eleitoralistas, levou a gastos exacerbados do erário público, nomeadamente, 6,8 milhões de euros em material circulante e 340 mil euros por ano com pessoal, numa linha, ainda, sem as interfaces necessárias para tirar proveito da sua localização. A reactivação da circulação na Linha de Leixões é urgente mas deve ser feita após a conclusão dos apeadeiros, do Hospital de São João e da Arroteia, e da Estação Intermodal de Leixões. Sem estes a linha fica amputada, e o número potencial de utilizadores que pode servir reduz-se drasticamente, deixando, assim, de ser um serviço rentável.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Recolha de assinaturas para Referendo Local
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Deixa de apitar o comboio fantasma
Cerca de um ano depois de entrarem em funcionamento, os comboio de passageiros fizeram hoje, segunda-feira, as últimas viagens na Linha de Leixões.
Dos tempos modernos nascem peculiares sensações de estranheza: há comboios em circulação, num ambiente urbano, que não estão vandalizados. Nem rasgão no estofo nem assinatura estapafúrdia na parede, as carruagens sem mácula poderiam ter acabado de sair da fábrica. Mas não. Circularam perto de um ano numa linha chamada de Leixões, sem a Leixões chegarem, e serviram pouca gente, pouca gente, porque ninguém corrigiu fraquezas operacionais que saltam à vista de qualquer um.
A despedir-se das composições que o levavam a passear entre S. Mamede de Infesta e Ermesinde, Álvaro Coutinho, aposentado, confirmava os erros que geralmente vêm sendo apontados: "Nunca fizeram o que prometeram, que era uma estação junto ao Hospital de S. João e levar o comboio até Leixões, com uma paragem junto à Efacec. A linha está feita, não compreendo por que não fizeram isso".
Nem ele nem a maioria dos cidadãos. Sem articulação viável com outros meios de transporte (no hospital, o metro estaria à disposição de muita gente que não o tem perto de casa) e ligando destinos improváveis (a linha de passageiros só funcionou entre Ermesinde e Leça do Balio), só para poucos este serviço e o investimento público que implicou fizeram sentido. É o caso, por exemplo, de Cláudia Rego, que sozinha representava 50% dos passageiros distribuídos pelas três carruagens que saíram de Leça do Balio às 16.09 de ontem. Um caso invulgar, pois reside em Barcelos, de onde todos os dias se desloca para S. Mamede, onde cumpre um estágio como técnica administrativa na Escola Secundária Abel Salazar: "Comecei em Setembro e acabo em Agosto. Até agora, ando apenas de comboio, de Barcelos para Ermesinde e de Ermesinde para S. Mamede. Daqui para a frente, tenho de usar autocarros, da STCP, e já comecei a sentir no bolso, pois gasto mais vinte e poucos euros de passe".
Vimo-la num comboio despido de gente, mas nem sempre assim é. "Às 9 horas, vê-se muita gente", assegura, e da experiência de alguns meses fica-lhe a impressão de que o número de utentes "tem vindo a crescer". Terá, mas pouco, e logo volta a questão das ligações com outros meios de transporte: "Não há muita sintonia".
Não haverá, realmente. Certo é que o destino da triste carreira de passageiros, ao fim de tão pouco tempo, indicia grande desafinação. Ou o Estado foi perdulário ou não se foi ao encontro das necessidades da população.
Fonte: Jornal de Noticias
Uma promessa eleitoral que captou votos em 2009, na expectativa de anteceder o Metro.
Assim a Cidade, o Concelho ficam mais pobres, mas os Socialistas de Lisboa, de Matosinhos e da própria Refer, estão descansados com o sentimento de dever eleitoral cumprido, pois ganharam com base em promessas eleitorais falsas ou que depois iriam deixar de cumprir.
Bruno Pereira